sábado, 30 de dezembro de 2017

o meu top 2017 .

Chegou a altura de fazer balanços, e este ano infelizmente não foi dos mais recheados, quer em termos de qualidade, quer em termos de tempo para poder ver tudo aquilo que idealizava ver. Contrariando aquilo que habitualmente faço - pois costumo esperar até Março para fazer um balanço, incluindo todos aqueles supostos filmes da award season - aqui fica - sem ordem em especifico - os que mais gostei de ver no decorrer de 2017.



1. Blade Runner 2049 
2. Logan
3. Get Out 
4. Logan Lucky 
5. Paterson
6. The Big Sick 
7. Ingrid Goes West 
8. Atomic Blonde 
9. Baby Driver
10. Wind River 
11. I Don't Feel at Home in this World Anymore
12. Coco

Menção honrosa para Blue Jay, que na realidade é dos finais de 2016, mas que foi das coisas mais belas e sinceras que vi este ano. 

Apesar deste ser um blog dedicado ao cinema, e à semelhança do que se tem falado a cerca de séries e da sua crescente qualidade, em muitos outros espaços deste género, não posso deixar de dar uma achega as séries que vi este ano e que valeram imenso a pena o tempo que lhes dediquei. Elas foram: Stranger Things, Taboo, Legion, Making a Murderer e Mindhunter.

Que o ano que está a chegar nos traga mais qualidade e diversidade, do que este que nos deixa. Bons filmes!

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Crítica: Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: The Last Jedi) . 2017

Decidi não me alongar muito, pois derivado ao stress habitual da época festiva o texto já vem com um ligeiro atraso. Muito já foi dito - existindo sempre o contraste fanboy com os olhares dos que gostam mas se conseguem distanciar do amor sentido pela saga - e quem gosta de Star Wars, vibra sempre com Star Wars, mas a ligação com os personagens antigos foi igualmente e inesperadamente fiel em The Force Awakens, fica agora um pouco perdida com a chegada deste novo segmento. O entusiasmo ao darmos de caras com Luke, o saudosismo e pesar quando vemos Leia e o carinho com que olhamos para Chewie, C3PO ou R2D2, é totalmente diferente da ligação com os novos personagens que cada vez mais parecem ser criados para uma nova geração Disney, a mesma que segue fervorosamente o universo Marvel, repetitivo e com pouco conteúdo, que transparece cada vez mais isso nestas versões pós Lucas Films. Rey tem carisma, mas não surpreende da mesma forma. Finn arranjou uma nova amiga, e essa junção não resulta da melhor das formas. Kylo Ren dá mais espaço a Adam Driver para representar, e Mark Hammill e o seu Luke Skywalker é a verdadeira estrela deste filme, com um final esperado mas muito emocionante que faz valer a pena tudo aquilo que fomos vendo até chegar aquele momento, com direito à visita de um velho e saudoso amigo pelo meio, que nos deixa a todos cheios de nostalgia. Star Wars: The Last Jedi é apenas uma extensão de The Force Awakens, mas mais pobre e demasiado longa para o seu conteúdo, ficando encalhado multiplas vezes nas mesmas questões, tentando pelo meio despertar qualquer coisa em nós, na maior parte das vezes recorrendo ao humor, com falhas de equilíbrio entre os momentos mais sérios e esses tais mais goofy. O entusiasmo há de manter-se sempre o mesmo com a chegada de um novo filme, mas não posso negar que existe desapontamento, pois quando já se atingiu o épico, é difícil manter a fasquia, agradando a todos da mesma forma.

RIP Carrie Fisher <3

Classificação final: 3,5 estrelas em 5.
Data de Estreia: 14.12.2017

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Crítica: Roda Gigante (Wonder Wheel) . 2017


Mais um ano que passa e o entusiasmo por mais um filme de Woody Allen a chegar continua igual. Apesar da crítica ter achado este Wonder Wheel uma autêntica desilusão, a meu ver, este é talvez das coisas mais ambiciosas que já fez, durante os últimos dez anos. Allen tem o seu estilo, e quem vê os seus filmes têm que saber com o que contar. Dizer que é mais do mesmo, é diminuto, este é o seu estilo de narrativa, a sua assinatura, e isso já mais vai mudar.

Wonder Wheel conta a história de quatro personagens cuja vida anda numa roda viva de emoções, nomeadamente a personagem central Ginny (Kate Winslet). Woody Allen regressa à sua cidade, New York, e à sua juventude em Coney Island o eterno parque de diversões, que nos anos 50 estava em pleno auge. Ginny é uma mulher amargurada e extremamente emocional, cuja vida não é aquilo que sonhou, vivendo presa ao passado que poderia ter tido como actriz. Actualmente a servir às mesas num restaurante do parque, e casada com Humpty (Jim Belushi) bastante mais velho que ela, Ginny apaixona-se por Mickey (Justin Timberlake) o nadador salvador da praia. A viver um grande romance de Verão, Ginny não contava com a presença repentina da enteada Carolina (Juno Temple) que cai de imediato nos encantos de Mickey, deixando Ginny cada vez mais insegura e doida de ciumes.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Crítica: Coco . 2017



O nível de qualidade dos filmes da Pixar Animation Studios é sempre tão elevado, que manter a fasquia tão alta é algo extremamente dificil de concretizar. A verdade é que continuam a conseguir esse feito. Realizado por Lee Unkrich - responsavel por Toy Story 3 - e co-realizado por Adrian Molina, Coco tem como inspiração a cultura mexicana e as suas tradições, que acabam por ir buscar a essencia de alguns valores que são universais.

Esta é a história de Miguel Rivera, um menino de doze anos de uma pequena aldeia mexicana, que sonha vir a ser um dia um grande cantor como o seu idolo Ernesto de la Cruz, o maior cantor mexicano de todos os tempos. Imelda Rivera, a matriarca da familia há muitas gerações que baniu a música da vida de todos os membros devido ao desgosto amoroso que sofreu jovem, quando o marido a abandonou a ela e à filha Coco, em troca de uma vida de fama e sucesso como cantor. Miguel vive desgostoso por não poder mostrar a todos o quanto a música faz parte da sua vida, e não vê outro futuro para si se não o mesmo de todos os outros familiares, trabalhar no negócio de sapatos da familia. Mas é aquando da celebração do Dia de los Muertos, que Miguel viverá uma gigantesca aventura, quando tem a oportunidade de se reunir com os seus entes queridos, os que já estão mortos.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Crítica: O Espírito da Festa (Le Sens da la Fête) . 2017


Perante muitas das escolhas possiveis que temos actualmente em cartaz em Portugal, esta talvez não fosse a escolha mais obvia. Optando por algo mais light e divertido, e tendo em conta o trabalho anterior dos realizadores do filme, Le Sens de la Fête é a escolha descontraida, de quem quer ver algo agradável e descomplicado. 

Max (Jean-Pierre Bacri) é um organizador de casamentos cuja modernidade dos requisitos do oficio se estão a tornar muito dificies de gerir. Naquele que pondera ser o último evento de casamento organizado por si, Max tem de lidar com as indignações dos seus colaboradores, com o mau feitio do seu braço direito Adèle (Eye Haidara), com as excentricidades do cantor da banda James (Gilles Lellouche), ao mesmo tempo que lida com o fim do seu próprio casamento e com o relacionamento que vive em segredo com uma das suas colaboradoras, Josiane (Suzanne Clément). Para piorar as coisas, as exigências do vaidoso noivo vão para além das esperadas e a noite mais feliz da vida dos noivos, pode se transformar numa das piores da vida de Max e da sua equipa.