quinta-feira, 12 de maio de 2016

Crítica: Money Monster . 2016


O puro thriller à moda dos anos 90, assim é Money Monster. Sem grandes surpresas ou originalidade, Jodie Foster realiza um filme que de imediato se destina a entreter o espectador, sem grandes complexidades e o empurrão dos nomes sonantes no elenco.

O vaidoso e arrogante apresentador de tv Lee Gates (George Clooney), prepara-se para mais um episódio do programa de ajuda financeira, onde sugere a todos os seus telespectadores as melhores hipóteses para ganhar dinheiro com compra de acções na bolsa. Poucos minutos depois de mais um dos seus programas ir para o ar, Lee é feito refém por um seguidor, Kyle Budwell (Jack O'Connell) que o faz refém em directo, acusando-o de ter feito perder uma enorme quantidade de dinheiro, depois de Lee ter sugerido uma má opção no programa. Causando o pânico na estação de televisão o circo está instalado quando o mundo inteiro acompanha os desenvolvimentos, enquanto a policia e a realizadora do programa Patty Fenn (Julia Roberts) tentam negociar com o sequestrador armado.


A originalidade está longe de ser a melhor e a linha narrativa segue exactamente aquilo que prevemos bem desde o inicio, tirando todo o impacto que os twists poderiam causar. Os personagens longe de ser carismáticos, apesar do esforço que os actores tentaram colocar neles. Tentando representar o desespero daqueles que derivado à crise a nível mundial têm vindo a sofrer, vendo as suas vidas a mudar drasticamente, falha quando não consegue atingir a profundidade que é necessária para que haja mais empatia entre o público e as personagens. Alguns momentos de humor, criados para aliviar a tensão, funcionam para ridicularizar situações que supostamente são sérias, fazendo uma espécie de critica social a uma sociedade que gosta de assistir ao sensacionalismo que os media por vezes distribuem. As performances são competentes, temos um goofy George Clooney muito bom de se ver, uma Julia Roberts moderada e um Jack O'Connell, que mesmo com um accent bastante estranho, tenta dar uma certa psicose à coisa, mas quando a tensão e o suspense não são algo constante isso prejudica-o bastante.

A verdade é que por mais previsível e semelhante que possa ser comparado com outros filmes dentro do género, o entretenimento é garantido, o tempo passa a voar e gostamos do que estamos a ver. Não surpreende mas agarra o espectador. E é engraçado, como a meio do filme, dei por mim, por um segundo, a relembrar as tardes de fim de semana a ver VHS's do género com os meus pais. Até acabou por causar uma certa nostalgia...

Classificação final: 3 estrelas em 5.
Data de Estreia: 12.05.2016

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