sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Trick or Treat? Happy Halloween!


Para toda a comunidade cinéfila (e não só) esta é considerada a season perfeita para rever ou descobrir o que de melhor se faz no cinema de terror. Com inúmeras opções dentro do género - do gore, à comédia, do suspense, ao trash - o terror continua a fascinar muita gente e a fazer novos e fieis adeptos. Na noite em que se celebra o Halloween aqui ficam (apenas) alguns dos meus filmes preferidos do género como recomendação.

» What We Do In The Shadows, de Jemaine Clement & Taika Waititi (2014)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Crítica: Lendas do Crime (Legend) . 2015


Se ter um Tom Hardy já é muito bom, o que se pode dizer quando temos dois? Fascinante. Interpretando os criminosos gémeos Reggie Kray e Ronald Kray, Hardy continua a demonstrar o porquê de ser um dos melhores actores da actualidade. Só é pena, que o filme não consiga ser tão efectivo quanto as suas performances.

Idênticos fisicamente, mas muito diferentes no que toca a personalidade, Reggie é subtil, descontraído e possuidor de um charme natural que acaba por também o favorecer nos negócios. Ronald é mentalmente instável, imprevisível e ao mesmo tempo detentor de um humor perverso e desbocado. Partimos para esta história verídica, sabendo que à partida será algo que irá retratar a vida de dois dos mais perigosos gangsters da história do Reino Unido, e é precisamente neste aspecto que desaponta. Uma imagem muito glamorosa e estilizada, do que propriamente visceral, daquilo que foram e representavam nos tempos em que marcaram território nas ruas de Londres. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Crítica: Assim é Complicado (Man Up) . 2015


Sabem aquele tipo de comédia romântica, que já vimos vezes sem conta? Rapaz conhece rapariga - mais ou menos por obra do acaso - e rapidamente se apaixonam. Sim, é mesmo isto. Mas satisfaz na mesma? E muito!! Assim é Complicado, é o feel-good movie perfeito para alegrar o dia, em grande parte, graças às óptimas interpretações de Simon Pegg e Lake Bell.

Nancy (Lake Bell), uma solteirona de 30 e poucos anos, vive desacreditada no amor. Presa numa rotina de solidão, limita-se a viver resignada aos blind dates que amigos lhe arranjam, ainda por cima com homens que não têm nada a ver com a sua personalidade. Um dia, a caminho da festa de aniversário de 40 anos de casamento dos seus pais, Nancy conhece o divorciado Jack (Simon Pegg) de 40 anos, quando na estação de Waterloo é por engano confundida com o blind date por quem Jack esperava. A química inicial entre os dois é notória, e Nancy de imediato se deixa levar pela mentira, sendo-lhe difícil resistir aos encantos de Jack.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Crítica: Crimson Peak: A Colina Vermelha (Crimson Peak) . 2015


Guillermo Del Toro regressa este ano ao grande ecrã, desta vez com o romance gótico Crimson Peak, demonstrando ser um dos melhores realizadores contemporâneos, quando se trata da capacidade enorme que tem quando combina de forma sublime o ambiente mais sinistro, sombrio e arrepiante com charme e beleza visual ao mínimo pormenor. Mas é no que toca ao argumento, que se torna uma experiência que não marca suficientemente a diferença.

Passado no Século XIX, a história segue Edith Cushing (Mia Wasikowska) uma jovem americana, que se apaixona por um charmoso inglês Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston) detentor de uma enorme mansão - que dá pelo nome de "Crimson Peak" - numa região montanhosa algures em Inglaterra. Aos poucos todos percebem que as intenções deste misterioso homem estão longe de ser as melhores, mas enfeitiçada por Thomas, Edith não quer ver quem é o verdadeiro homem por quem se apaixonou. Aos poucos, será obrigada enfrentar os fantasmas - literalmente - e segredos do passado, não só de Thomas mas também da sua tenebrosa e imponente irmã, Lucille (Jessica Chastain).

Back in Time . Trilogia Back to the Future . 2015


Em 1989 Robert Zemeckis e Bob Gale davam finalmente vida àquela que viria uma das trilogias mais bem sucedidas da história do cinema. 30 anos se passaram, e Back to the Future continua a ser um fenómeno universal, com fãs devotos espalhados por todo o mundo, sempre preparados para glorificar o clássico intemporal.

Este não é o melhor documentário que alguma vez já viram na vida, mas prefiro olhar para ele simplesmente como uma celebração de uma data que carrega consigo uma enorme nostalgia, sendo impossível para qualquer fã não se interessar pelo que está a ver. Os vários testemunhos do realizador, argumentista, actores, produtores, equipa técnica e até um segmento apenas dedicado aos grandes fãs - à sua dedicação e amor pelo que esta representa - mesmo as relevações mais desconhecidas ou curiosidades sobres alguns aspectos chave, nunca são demais. A magia que ainda hoje passa a todos os que vêem pela primeira vez ou revêem, faz com que Marty McFly (Michael J. Fox) e Doc Emmet Brown (Christopher Lloyd) sejam das personagens mais vibrantes, frenéticas e queridas de todos os tempos, complementando um enredo inteligente, empolgante, misterioso e aventureiro que nos leva a querer acreditar mais em nós e sonhar mais além!

Afinal de contas, hoje já é dia 22 de Outubro de 2015, e o futuro já ficou no passado, mas o importante é continuar a celebrar o seu regresso, no futuro, da melhor maneira que podermos, pois o futuro ainda não foi escrito, o de ninguém. O futuro é aquilo que fazemos dele, por isso vamos torna-lo algo de bom! 

Obrigada Doc. Obrigada McFly. Vemo-nos em breve... no futuro!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Oct . 21 . 2015 »« Back to the Future

2015? O futuro é hoje.

Crítica: O Prodígio (Pawn Sacrifice) . 2015


Robert "Bobby" James Fisher (Tobey Maguire) foi um dos maiores prodígios de sempre na história do xadrez, e alguém que poderá ser desconhecido da maior parte de nós, mas com importância significativa num momento decisivo para os EUA. Com a Guerra Fria como tensão principal no enredo, o filme pretende demonstrar a representatividade que Bobby Fisher teve como jogador, derrubando russos um a um no tabuleiro, com o propósito de assumir o lugar de melhor do mundo, pertencente ao russo Boris Spassky (Liev Schreiber). Fenómeno em todo o mundo, herói nos EUA, Fisher era digno de grande reconhecimento e inteligência, mas os seus próprios mistérios eram maiores que tudo, lutando diariamente contra os demónios dentro da sua cabeça.

Aqui é capturada toda a essência dos distúrbios da sua mente, perturbações que nunca o moveram do seu principal objectivo, ser o melhor no mundo do xadrez. Os momentos mais paranóicos são sem dúvida o melhor do filme, onde a edição frenética demonstra a complexidade de sentimentos e ansiedade vividos por Fisher. Falha maioritariamente, quando se trata de relatar o seu passado enquanto criança e adolescente, os problemas com a mãe nunca chegam a ser desenvolvidos com profundidade, assim como existem alguns momentos no filme que se tornam desnecessários.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Crítica: Pan: Viagem à Terra do Nunca (Pan) . 2015


Todos estamos familiarizados com a história de Peter Pan, e com as versões cinematográficas inspiradas nele, quer em animação quer em live-action. Esta foi a vez do realizador inglês Joe Wright se aventurar pela Terra do Nunca e acontece que o resultado não é definitivamente o melhor.

O filme é a prequela da bem conhecida história original de 1904, de J. M. Barrie, focando-se nas origens do menino órfão, tal como em todas as personagens associadas a ele. Como Peter Pan (Levi Miller) chega a Terra do Nunca, como este conhece Hook (Garrett Hedlund), Blackbeard (Hugh Jackman), Tiger Lily (Rooney Mara) - que se destaca quase que apenas com o propósito de arranjar o romance forçado da trama, entre esta e o Capitão James Hook - e como todos se conectam entre si. Todos os elementos essenciais que sempre associamos e que bem conhecemos cada vez que pensamos naquilo que é Peter Pan, parecem ser totalmente esquecidos ou desvalorizados aqui o que torna a experiência em algo um pouco estranho e até confuso.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crítica: Sicario - Infiltrado (Sicario) . 2015


Podemos constatar que Denis Villeneuve tem um certo fascínio por histórias sombrias e misteriosas, que através de uma atmosfera absolutamente envolvente nos transportam para dentro da tela da forma mais hipnotizante que pode haver. Sicario é o perfeito exemplo de um excelente thriller de acção, apenas com alguns aspectos previsíveis mas que não prejudicam em nada a experiência final.

O filme lida com algumas das questões e consequências devastadoras das chamadas guerras da droga entre Estados Unidos e México. Kate Macer (Emily Blunt) é uma agente do FBI responsável por liderar uma unidade especial de narcóticos. Depois de descobrir cadáveres executados por um poderoso cartel, e mesmo com pouca experiência naquilo que é a verdadeira luta contra as drogas, é convidada para participar na missão que levará a cabo a descoberta do líder desse mesmo cartel. Kate e o seu parceiro de unidade (Daniel Kaluuya) seguem as ordens de um conselheiro de justiça (Josh Brolin) e do misterioso colombiano que o acompanha (Benicio Del Toro) sem nunca saber ao certo aquilo que os espera. A inexperiência de Kate torna-se uma angústia constante, o que fará vir ao de cima todas as suas inseguranças e medos reflectidos na sua postura e atitudes, quando começa a por em causa todo o propósito e valor da missão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crítica: The Walk - O Desafio (The Walk) . 2015


The Walk - O Desafio é o mais recente filme de Robert Zemeckis (Trilogia Back to the Future, Forrest Gump, Cast Away) contando a fantástica e verídica história de um aventureiro francês, Philippe Pettit (Joseph Gordon-Levitt). Apaixonado desde cedo pelas artes de rua, em especial pelo equilibrismo, ao ver numa revista uma foto das Torres Gémeas do World Trade Center, decide fazer o impossível. Partir para Nova Iorque e arranjar um plano para ilegalmente conseguir chegar ao topo das torres, atravessando-as no arame.

Narrado na primeira pessoa, Pettit mostra-nos algumas das peripécias mais importantes da sua vida, mas nunca com a devida envolvência. O verdadeiro fascínio surge somente na última meia hora de filme, onde realmente é explorada a premissa e somos transportados para dentro da tela, sendo levados literalmente até ao topo das torres, vivendo todas as emoções ao rubro. Apesar de alguns aspectos relevantes sobre o desenvolvimento do personagem principal, os dois primeiros actos - que abordam a infância e adolescência de Pettit, tal como quais foram as suas motivações e porque ganhou o gosto pelas artes e o entretenimento - acabam por se tornar um pouco repetitivos, fazendo com que a sua duração pareça até maior que aquilo que realmente é.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Crítica: Black Mass - Jogo Sujo (Black Mass) . 2015


Se há subgénero dentro dos crime films que me agrade mais do que qualquer outro, são filmes de gangsters. Quer sejam elas histórias verídicas ou ficcionais, este é o tipo de filme que me cativa de maneira especial. Por causa disso mesmo, Black Mass era um dos meus mais esperados para este ano.

Em 1975, James "Whitey" Bulger (Johnny Depp), um perigoso gangster, controla quase todo o crime organizado no Sul de Boston em conjunto com os seus parceiros, liderando o chamado Winter Hill Gang. Enquanto Bulger disputa território com a máfia italiana, vê o seu irmão (Benedict Cumberbatch) em ascensão na carreira politica e um amigo de infância (Joe Edgerton) em progresso no FBI. Devido às circunstâncias surge assim a oportunidade perfeita de passar despercebido e encoberto de toda uma vida de crime, extorsão, drogas, dinheiro e mortes.