quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Crítica: Perdido em Marte (The Martian) . 2015


Ridley Scott tem uma carreira feita de altos e baixos e depois de alguns dos seus últimos filmes não terem tido a melhor das recepções, The Martian era uma incógnita. Apesar do elenco de peso - coisa a que Scott já nos habituou - a história teria um quê de semelhante com algumas obras sci-fi que temos assistido, não há tão pouco tempo atrás. As imediatas parecenças com Gravity ou Interstellar fizeram com que as minhas expectativas não fossem as mais elevadas. E o resultado é surpreendente.

Durante uma missão arriscada em Marte, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) é deixado para trás. Depois da sua presumível morte, a sua tripulação segue de imediato caminho para a Terra. Ele luta dia-a-dia pela sobrevivência na atmosfera de um planeta que não está preparado para o receber. Vamos observando o seu quotidiano, novas descobertas, experiências, frustrações, angústias mas também alegrias, enquanto vai tentando encontrar formas de entrar em contacto com outros. Ao descobrir sinais de que Watney poderá estar vivo, a NASA tenta arranjar um plano de salvamento antes que seja tarde demais.


O seu tom surpreendentemente descontraído e cheio de humor, fazem com que a intensidade e emotividade da história sejam levadas com uma leveza cativante e um espírito muito positivo. Outro dos seus aspectos interessantes, é a linguagem cientifica, toda ela simplificada através de exemplos mais práticos, não fazendo sentir quem não está dentro dos termos técnicos da astrofísica, um totó. Visualmente deslumbrante, Marte tem um lado sedutor, mas por vezes aterrador. Apesar dos rasgos de humor, a intensidade está sempre presente e partes claustrofóbicas e emotivas ilustram bem aquilo por que Watney está a passar, em grande parte também devido à boa performance de Matt Damon, bem apoiado pelas performances secundárias de um elenco fortíssimo.

Apesar de alguns clichés e cenas um tanto ou quanto estrambólicas, aquilo que é bom sobrepõe-se em maioria ao que é mau e o seu quê de feel-good movie tornam as suas 2 horas e 35 minutos em algo que parece ter passado realmente rápido! Saímos da sala com um sorriso no rosto e a cantarolar todas as pérolas que fazem parte da sua banda sonora, também ela definitivamente surpreendente.

Classificação final: 4 estrelas em 5.
Data de Estreia: 01-10-2015

Sem comentários:

Enviar um comentário