terça-feira, 7 de abril de 2015

Crítica: Tudo Bons Rapazes (Goodfellas) 1990 | Take 38 NYC


Review presente na edição nº 38 (New York City) da

Confesso que os filmes de que gosto mais são aqueles que se revelam mais difíceis de escrever. Goodfellas é para mim uma das mais completas obras cinematográficas e um dos filmes de gangsters mais elogiados. Com uma realização impecável e interpretações memoráveis, 25 anos se passaram e Goodfellas continua a ser um clássico intemporal.

Henry Hill (Ray Liotta) narra o decorrer da vida de poder que adquiriu quando decidiu ser gangster - "As far back as I can remember I've always wanted to be a gangster" - diz-nos Henry na famosa frase de abertura do filme, e cedo percebemos que será uma fascinante viagem sobre uma vida de sonho que rápido passa para o lado negro e obscuro da perigosa hierarquia da máfia italiana. Desde a adolescência à ascensão no mundo do crime, vamos acompanhando o seu desenvolvimento, num argumento inteligente e brilhantemente interpretado.

De uma excelente cinematografia e edição ao uso fantástico de música bem enquadrada a cada situação, Martin Scorsese aplica todo o seu enorme conhecimento e técnicas características, que ainda hoje são utilizadas por outros realizadores de referência. As performances são um dos aspectos que o tornam memorável. Ray Liotta, Robert De Niro e Joe Pesci formam um trio com uma química e cumplicidade de tal ordem que facilmente acreditamos na relação e laços que os personagens têm.

Sem nunca perder a atmosfera frenética e cosmopolita, New York é retratada com charme e glamour, existindo também um contraste com o lado obscuro e violento da cidade durante as cenas mais sombrias. Já perdi a conta as vezes que o vi e o brilho que emana assim permanece e não se quer perder. É isso que marca a diferença entre os bons e os maus filmes.

Classificação final: 5 estrelas em 5.

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