segunda-feira, 30 de março de 2015

Crítica: Noi e la Giulia 2015


Filme:

Noi e la Giulia é uma comédia italiana que se diz dedicada a todos os falhados, mas acima de tudo a todos aqueles que têm um "plano B". A sua história é basicamente isso, um plano B contínuo, onde tudo o que acontece tem consequências de alguma ordem, o que faz com que acabem sempre por recorrer a outro plano, fugindo ao que ficou estipulado anteriormente.

Diego (Luca Argentero), Fausto (Edoardo Leo) e Claudio (Stefano Fresi) têm uma grande vontade de abandonar aquilo que fazem profissionalmente para realmente seguirem os seus sonhos. Sem se conhecerem decidem entrar na aventura de remodelar uma quinta no sul de Itália com a ideia de a transformarem num destino de turismo rural.

domingo, 29 de março de 2015

Crítica: Era Uma Vez Na América (Once Upon a Time in America) 1984


Filme:

É sempre uma grande oportunidade ver ou rever os grandes clássicos do Cinema no grande ecrã. Para todos os amantes de cinema ou mesmo admiradores apenas de um certo filme, não há sensação melhor do que o poder experiênciar em sala. Esta foi uma experiência proporcionada pelo 8 ½ Festa do Cinema Italiano, na secção do festival que dá pelo nome de Amarcord, e que tem como objectivo (re)descobrir o cinema Italiano que fez história no cinema a nível mundial.

Era Uma Vez Na América foi o último filme de Sergio Leone. A versão passada foi a de 251 minutos, (aproximadamente 4 horas e 18 minutos) a versão desde sempre sonhada pelo realizador.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Crítica: As Vozes (The Voices) 2014


É bastante raro quando um filme consegue ser bem sucedido misturando imensos estilos diferentes numa história só. O que é curioso acerca de As Vozes é que essas misturas aparentemente estrambolicas resultam na perfeição. O filme tem a capacidade de ser divertido e encantador, mas ao mesmo tempo obscuro e surreal, e o facto de misturar a ficção com um assunto sério como a esquizofrenia, faz com que se torne ainda mais interessante.

Jerry (Ryan Reynolds) trabalha numa fabrica de banheiras de uma cidade pequena e acaba de sair de uma instituição psiquiatrica. Ele é aparentemente um rapaz pacato e muito educado, mas todos desconhecem a sua condição e nem desconfiam que é seguido por uma terapeuta (Jacki Weaver) que o tenta orientar nesta nova fase da sua vida.

Crítica: Corações Inquietos (Hungry Hearts) 2014


Filme:

Corações Inquietos é o drama psicológico sobre o nova-iorquino Jude (Adam Driver) e a italiana Mina (Alba Rohrwacher) que por mera obra do acaso se apaixonam depois de se terem conhecido na casa de banho de um restaurante chines, não da maneira mais agradável possível - a cena de abertura é absolutamente alegre com diálogo divertido, sendo o único momento realmente feliz em todo o filme - mas rapidamente o filme muda de tom, e aquilo que parecia ser a combinação de amor perfeito transforma-se numa relação tensa e sombria.

terça-feira, 24 de março de 2015

Crítica: Idade à Flor da Pele (Short Skin) 2014


Filme: 

Edoardo (Matteo Creatini) é um jovem adolescente que sofre de fimose desde criança, uma malformação no pénis que o impede de ter uma experiência sexual satisfatória. Fruto da idade, ele começa a sentir-se pressionado por tudo o que o rodeia a começar a sua actividade sexual. Toda a gente a sua volta fala e pensa em sexo, principalmente o seu melhor amigo Arturo (Nicola Nocchi), que está obcecado com a ideia de perder a virgindade.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Crítica: Cake - Um Sopro de Vida 2014


Claire vive constantemente oprimida pela dor física e psicológica. Quando Nina uma das suas colegas do grupo de apoio para a Dor Crónica se suicida, Claire começa a ficar obcecada com a sua morte e procura respostas junto do marido e filho dela. Mas a pouco e pouco percebemos que para além de todo o desconforto causado pela sua doença, Claire contém também dentro de si o peso de um enorme desgosto emocional. Nesta procura por respostas, ela irá encontrar formas de sarar as suas feridas.

sexta-feira, 20 de março de 2015

8 ½ | Festa do Cinema Italiano 2015


Regressa ao Cinema São Jorge a 8ª Edição do 8 ½ Festa do Cinema Italiano, que desde 2008 pretende divulgar aquilo que de melhor se faz no cinema italiano. Este ano podemos contar com cinco antestreias nacionais e duas estreias internacionais, passando por várias secções, sessões especiais, encontros de literatura, workshops ou a já habitual secção Piccolini para os mais pequenos.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Crítica: Cinderela 2015


Todos estão familiarizados com este clássico intemporal da Walt Disney. Cinderela é talvez das mais reconhecidas histórias, contadas e recontadas imensas vezes ao longo do tempo, contando com muitas referências e vários apontamentos em outros filmes.

A frescura, simplicidade e honestidade com que nos é apresentada esta versão live-action de Kenneth Branagh, faz com que tenha um brilho especial. Sem alterações na história original os factos são retratados tal e qual como os conhecemos.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Crítica: Chappie 2015


Quando comecei a ler que Chappie não estava a ser muito bem recebido lá fora, tanto por críticos como pelo público em geral, sempre quis acreditar que seria impossível que o novo filme de Neil Blomkamp estivesse assim tão mau. Este é apenas o seu terceiro filme, mas em 2009 ele surpreendeu todos com a sua estreia genial, Distrito 9, um dos melhores Sci-Fi dos últimos tempos. Em 2013, Elysium não esteve à sua altura, mas conseguiu ser sólido, na minha opinião. Chappie parece ser uma mistura dos dois, com elementos semelhantes de cada uma das obras anteriores, o pior é que ao contrário dos outros dois o conceito utilizado de original não tem muito e a forma como foi construído faz com que nem sequer pareça um filme do realizador que se colocou nas luzes da ribalta pelo bom trabalho anteriormente feito.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Crítica: Paddington 2014


Paddington é aquilo que se pode chamar uma verdadeira delicia para toda a familia. Harmonioso, bem interpretado e muito divertido é incapaz de não deixar um sorriso no rosto de todos os que acabam de o assistir.

Baseado na série de livros infantis de Michael Bond, Paddington é a adaptação live-action da história de um jovem urso muito trapalhão. Ele vive no Perú e viaja até Londres para encontrar uma nova familia, depois da floresta em que vivia ter sido completamente devastada por um terramoto.

Crítica: Focus 2015


Muito estilo? Sim. Muita substância? Nem por isso. Mas Resulta? Sem dúvida! Focus é a divertida mistura entre romance e vigarice, encantando qualquer um com o seu look moderno e elegante.

Nicky (Will Smith) é um vigarista de mais alto nível, armando elaborados esquemas para enriquecer à conta daqueles que pelo seu charme e atitude se deixam levar nos seus embustes. Jess (Margot Robbie) é uma novata na matéria e Nicky "acolhe-a" na sua equipa para que possa aperfeiçoar as suas competências. Os dois acabam por se apaixonar, mas quando Jess percebe que Nicky vive num mundo de mentiras e constantes trapaças,

Crítica: Mar Negro (Black Sea) 2014


Mar Negro trás de volta ao grande ecrã os thrillers submarinos. Pena que acabe por ser uma desilusão. Derivado as contingências do Capitalismo, um grupo de homens (metade ingleses, a metade russos) é contratado para uma perigosa mas tentadora missão, encontrar um submarino nazi afundado no Mar Negro cheio de ouro. Ingleses e Russos não gostam uns dos outros e é claro que não poderia dar bom resultado. O cenário do filme teria tudo para ser ideal, porém os caminhos escolhidos não foram os mais inteligentes.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Judaica - Mostra de Cinema e Cultura | Cobertura


Chegou hoje ao fim a 3ª Edição da Judaica - Mostra de Cinema e Cultura 2015, festival que tem vindo a crescer e que teve mais uma vez como objectivo divulgar a temática judaica, principalmente através do cinema. Com uma programação bastante ambiciosa ao longo de 5 dias, 12 longas-metragens, 8 curtas-metragens, 6 documentários, a presença de realizadores e até eventos literários e gastronómicos passaram pelo Cinema São Jorge com o Judaísmo como tema de fundo.

domingo, 8 de março de 2015

Crítica: Félix e Meira 2014


Filme:

Esta é a história de duas pessoas infelizes e solitárias, que o destino vai cruzando, como que se subtilmente dissesse que seriam a salvação um do outro. Felix (Martin Bubreuil) é um homem comum, tentando encontrar um rumo na vida depois da morte do seu pai. Meira (Hadas Yaron) é uma mulher criada dentro dos rígidos termos do judaísmo ortodoxo. Entre os dois cresce gradualmente uma relação de forte afectividade, e o que começa como uma inocente amizade, vai-se tranformando num amor quase impossível devidos aos parâmetros de cada uma das suas vidas.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Crítica: Corre, Rapaz, Corre (Lauf Junge Lauf) 2013


Data de Estreia: 12-03-2015

Filme:

Corre, Rapaz, Corre é uma história de guerra, com uma perspectiva diferente das mais habituais sobre o tema, pois contamos desta vez com uma narrativa através dos olhos de uma criança.

O filme é baseado na obra do escritor Uri Orlev, e relata os acontecimentos verídicos da vida de Yoram Friedman. Em plena Segunda Guerra Mundial, esta é extraordinária jornada de um corajoso menino judeu da Polónia,

quinta-feira, 5 de março de 2015

Crítica: Laribinto de Mentiras (Im Labyrinth des Schweigens) 2014


Filme:

Um olhar doloroso e bastante significativo sobre um dos eventos mais bárbaros da História da Humanidade. Labirinto de Mentiras é um drama pós-guerra sobre o periodo em que a Alemanha se recusava a admitir os seus crimes de guerra.

Na cidade de Frankfurt, em 1958, Johann Radmann (Alexander Fehling) um jovem procurador energético e ambicioso, desejoso por encontrar um trabalho mais importante do que os casos que trata sobre infracções de transito, vê a oportunidade de se destacar num caso de investigação sobre crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. Alertado por um jornalista, Radmann começa a relembrar tudo aquilo que os Alemães queriam esquecer, os horríveis acontecimentos ocorridos na década anterior. Nesta história baseada em factos verídicos, instituições governamentais comprometidas numa grande conspiração para encobrir crimes nazis, demonstram uma enorme paz e inércia perante muitos daqueles que cometeram grandes atrocidades em Auschwitz e que se mantinham impunes desde o fim da guerra.

O mais interessante e chocante de toda a história, e o que a torna diferente de muitas outras do género já retratadas inumeras vezes em Cinema, é o facto - que acaba por se tornar fascinante - de que nas décadas que se seguiram à guerra a maioria dos Alemães da geração de Radmann não terem noção dos horrores que os Judeus passaram e nem sequer terem noção do que se fazia nos campos de concentração, principalmente em Auschwitz. Mais chocante ainda, é ver alguns mais velhos desconhecerem tais actos - quase impossivel de acreditar mas cem por cento verídico - fruto de manobras de personalidades importantes do antigo regime, sendo este o principal encanto de Labirinto de Mentiras mostrando o retrato Histórico e a busca pessoal por uma justiça esquecida.

No entanto, o filme não consegue fugir a alguns dos clichés habituais, principalmente no que toca ao romance que ajuda a dar enfase e mais drama em alguns momentos. A relação de Radmann com a sua mãe, ajuda na maneira que não nos podemos esquecer que esta também acaba por ser uma história sobre crescimento e amadurecimento na vida, mas não é bem desenvolvida e metida um pouco "à pressão".

Mais uma interessante prespectiva sobre os flagelos da Segunda Guerra, num thriller duro, profundo e muito bem interpretado, sobre os factos que em 1963 afectaram um país submerso num labirinto de mentiras.


Classificação final: 4 estrelas em 5.