terça-feira, 29 de abril de 2014

Crítica: The Young and Prodigious T. S. Spivet (2013)


The Young and Prodigioso T. S. Spivet é de Jean -Pierre Jeunet o realizador do absolutamente incrível filme Amélie e esse foi o principal motivo que me levou a querer ver este filme. E também estava com disposição para um filme de aventura!

Assim, The Young and Prodigioud T. S. Spivet conta-nos a história de T. S. Spivet, um menino super inteligente apenas com a idade de 10 anos. Ele recebe um telefonema de uma importante empresa chamada Smithsonian Instution que lhe quer atribuir um prémio por ter criado uma invenção única. T. S. sente-se só como se fosse constantemente rejeitado pela sua família por ser muito inteligente e ter interesses diferentes da sua mãe, pai, irmã e irmão gémeo. Então sem ninguém saber ele consegue engendrar um plano para ir de Montana, onde vive com sua família num rancho, até Washington D.C. E assim começa sua jornada!

Os personagens são muito peculiares e interessantes nas suas próprias e únicas maneiras de ser. Gostei muito de ver os personagens sendo desenvolvidos mais profundamente ao longo da história. As performances no geral são sólidas. O menino que interpreta T. S. é muito adorável e Helena Bonham Carter é sempre boa de ver neste tipo de personagens mais peculiares. Judy Davis também é muito engraçada no seu papel e é sempre muito bom vê-la actuar.

No geral, é um filme doce e tocante que vai aquecer o nosso coração.




Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

sábado, 26 de abril de 2014

Festival IndieLisboa 2014


Começou ontem a 11ª Edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente que tal como o nome indica pretende dar visibilidade ao Cinema Independente feito pelo mundo. O Festival vai decorrer entre os dias 24 de Abril e 4 de Maio.

Esta edição conta com 226 filmes, distribuídos por 10 categorias, 44 dos quais são Portugueses. A programação passa pela apresentação tanto de longas como curta metragens, documentários, filmes de animação, palestras e ainda outros eventos. O Festival estará distribuído por quatro espaços culturais de Lisboa, o mítico Cinema São Jorge, a Culturget, o Cinema City do Campo Pequeno e a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema.

Obviamente o objectivo deste Festival é mostrar a qualidade do Cinema Independente não só Português mas também internacional. E como o Cinema também é Cultura fico muito feliz por ver que este tipo de Festivais continuarem a existir estando cada vez mais fortes e cada vez com mais apoios para se tornarem mais duradouros.

Podem consultar toda a programação em: http://indielisboa.pt

Agora vou falar dos dois filmes que faço intenção de ir ver na minha passagem pelo IndieLisboa

Um deles, um clássico de Alfred Hitchcock com a belíssima Grace KellyDial M for Murder que está inserido na categoria "Director's Cut" do Festival. Fiquei muito feliz por saber que esta obra tão aclamada do "Master of Suspense" ia ser exibida no Festival. Este é um dos filmes de Hitch que ainda não vi e que maneira melhor de o fazer se não na tela grande! 
Aqui há uns anos foi feito um remake do filme que talvez conheçam melhor, chamado A Perfect Murder. O filme contava com as performances de Michael Douglas, Gwyneth Paltrow e Viggo Mortensen. Eu pessoalmente gostei do filme, mas os fans de Dial M for Murder não gostaram assim tanto, por isso estou muito curiosa para ver como será este original de um dos melhores realizadores de filmes de suspense de todos os tempos. Se não conhecem qui fica o trailer para poderem espreitar:


Quanto ao outro, um filme chamado Joe do realizador David Gordon Green, que fez por exemplo a conhecida comédia Pineapple Express com Seth Rogen e James Franco e o ano passado a comédia dramática Prince Avalanche com Paul Rudd e Emile Hirsch. Em Joe, David Gordon Green entra mais profundamente no género dramático e conta a história de um ex-presidiário que se torna amigo de um rapaz de 15 anos que o vê como um modelo a seguir. Este homem terá de escolher entre a redenção ou arruinar a sua vida novamente arriscando-se a voltar para a cadeia para poder ajudar este seu novo e jovem amigo. O personagem principal do filme chamado Joe, que dá o título ao próprio filme é interpretado por Nicolas Cage. O filme foi muito bem aceite pela crítica e dizem que esta é uma das melhores performances de Cage dos últimos tempos portanto vamos lá ver como será. Aqui fica também o trailer:


Para a semana que vem aqui deixarei o meu testemunho sobre estes dois filmes que irei ver ao Festival. Por fim aqui fica mais um dos magníficos posters que o IndieLisboa lançou para este ano.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Crítica: Noah (2014)


Noah de Darren Aronofsky (Cisne Negro, Requiem for a Dream) era um dos meus filmes mais esperados para este ano e que história melhor para fazer do que uma que todas as pessoas do mundo conhecem. O problema deste filme é que promete muito mais que aquilo que é capaz de nos dar e acaba por não funcionar tão bem como eu pensaria que funcionaria e infelizmente, esta é a minha primeira grande decepção do ano.

Noé foi escolhido por Deus para salvar a Criação do grande Diluvio. Noé teve que construir uma arca e colocar dois animais de cada espécie para posteriormente serem capazes de procriar. Deus queria punir a humanidade e começar tudo de novo na Terra. Esta história é contada a muitos de nós bem cedo, mas alguns dos elementos não parecem familiares, parecem ser até um pouco estranhos levando em conta aquilo que nos é contado desde sempre. Algumas coisas foram acrescentadas à história para transformar o filme em algo mais dramático.

As performances são boas. As duas que gostaria de mencionar em particular, são a de Russel Crowe, que fez um trabalho incrível retratando Noé e Emma Watson, que foi surpreendente no seu papel. Ela conseguiu ser emocional e realmente comovente.

O filme tem os seus altos e baixos e a principal razão pela qual acho que em certa  parte não funciona tão bem é por causa do seu ritmo. Às vezes é muito apressado, quando há razões para ser mais detalhado e profundo. Outras vezes muito lento, dando importância a momentos que não são tão importantes assim. 

Eu consigo entender todas as mensagens e intenções que Darren Aronofsky nos quer transmitir, mas penso que ele quase arruinou o que poderia ter sido um filme absolutamente incrível.

Apesar de todas as falhas acho que este é definitivamente um filme para ver no cinema, pois pode ser melhor  apreciado dessa forma.

No geral, Noah tem os seus momentos de glória, mas esses momentos não foram capazes de salvar todo o filme.




Classificação final: 3 estrelas em  5.

domingo, 20 de abril de 2014

Clássicos de Horror: Frankenstein vs The Invisible Man


























À poucos dias vi pela primeira vez o muito aclamado filme de James WhaleFrankenstein. Já estava para o fazer à algum tempo e as minhas expectativas eram altíssimas. Acontece que criei uma ideia na minha cabeça de uma coisa completamente diferente do que aquilo que Frankenstein viria a ser. Gostei de o ver e é definitivamente um marco na História, não só do Cinema mas também do género do Horror, mas pensava que iria ficar boquiaberta e isso não aconteceu.

Toda a gente (ou quase toda) está familiarizada com esta história onde Dr. Henry Frankenstein está obcecado com a ideia de dar vida a um morto. A sua experiência é bem sucedida e ele consegue dar novamente vida a um ser humano. Só que as coisas acabam por não correr tão bem como ele idealizava.

Acho que a atmosfera não teve o factor assustador necessário e as performances não eram muito naturais. Quase todos os actores representam de forma extremamente exagerada, muito teatral. Também sei que naquela época isso seria um factor comum em muitos filmes, mas neste caso não resultou muito bem comigo.

O Monstro de Frankenstein é um personagem absolutamente memorável. Uma criatura enorme e muito forte, difícil de controlar e revoltado pois nunca pediu para estar no mundo. Boris Karloff que dá vida ao Monstro foi fantástico reencarnando a personagem. O personagem que me irritou um pouco foi Fritz, o ajudante do Dr. Henry Frankenstein. Eu sei que é suposto Fritz ser um louco, mas a sua loucura pareceu-me ser um pouco descabida demais tornando-se por vezes um pouco exagerada.

Há que dar o devido valor à cenografia que é excelente. Todos os cenários são incríveis, muito bem feitos.

No geral, Frankenstein pode não ter hoje em dia o impacto que teve em 1931 quando foi feito, mas é sem dúvida um trabalho notável.




Classificação final: 4 estrelas em 5.

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Depois de ter visto Frankenstein, mais alguns filmes desta época foram-me recomendados, entre os quais um filme também realizado por James Whale chamado The Invisible Man. Hoje resolvi vê-lo. Apenas com dois anos entre os dois (Frankenstein foi feito em 1931 e The Invisible Man em 1933) já se nota uma grande diferença em termos de qualidade. The Invisible Man é um filme muito mais polido e na minha opinião deveria ser tão aclamado quanto Frankenstein, mas parece-me ter tendencia a ser mais esquecido.

Visto que Frankenstein não me impressionou tanto quanto eu gostaria eu não sabia bem o que haveria de esperar com este, mas afinal ele excedeu todas as minhas expectativas. James Whale foi capaz de criar uma atmosfera muito mais sombria criando um ambiente mais assustador onde o mistério está constantemente a pairar no ar.

Está é a história de um cientista que conseguiu transformar-se num homem invisível. A ideia de que não pode ser visto e que por causa disso ele pode fazer o que quiser começa a leva-lo à loucura. Ele quer dominar o mundo.

É muito criativo, com excelentes efeitos visuais, mesmo muito bem feitos! Eu fiquei completamente encantada com a qualidade dos efeitos tendo em conta que isto foi feito em 1933! Enquanto estamos a ver o filme há sempre uma pergunta constante: "Como é que eles conseguiram fazer isto?" É absolutamente incrível!

The Invisible Man é a mistura perfeita entre horror, ficção cientifica, mistério com um pouco de humor pelo meio. Definitivamente imperdivel!



Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Festival de Cannes 2014


É com um magnifico poster de Marcello Mastroianni prestando homenagem à também magnifica obra de Federico Fellini que o Festival de Cannes anuncia a sua 67ª Edição que se vai realizar este ano entre os dias 14 e 25 de Maio. O primeiro e mais importante Festival de Cinema do ano anunciou ontem os filmes que irão estar a concorrer para a famosa Palme D'or, no total 18 filmes.

Alguns dos nomes que saem deste Festival são sempre alguns dos considerados melhores filmes do ano, então é sempre bom estar de olho no que Cannes nós irá trazer.

Já com estreia marcada em Portugal para dia 22 de Maio o filme de abertura do Festival (fora de competição) será "Grace of Monaco", o filme que conta com Nicole Kidman no filme biográfico sobre a vida de Grace Kelly, que Kidman irá representar. O filme conta também com interpretações de Tim Roth, Frank Langella entre outros.


Dos filmes que se encontraram em competição oficial existem alguns que estou particularmente interessada em ver. Um deles o novo filme de David Cronenberg chamado "Maps To The Stars" que conta com grandes nomes como Julianne Moore, Jonh Cusack, Mia Wasikowska, Olivia Williams, Robert Pattinson entre outros. Uma obra que parece ser um pouco complexa, relacionada com o mundo da fama e Hollywood.


"The Homesman", o segundo filme realizado por Tommy Lee Jones onde o próprio também entra no principal papel. Um Western/Drama que conta também com a participação de Hilary Swank e Meryl Streep.


Mas o filme pelo qual tenho mais curiosidade em ver é "Foxcatcher", um filme realizado por Bennett Miller o realizador de filmes bem conhecidos como Moneyball e Capote
Este é um filme biográfico que conta a história verídica de Mark Schultz um campeão Olímpico de Wrestling e de como o seu treinador John du Pont um homem paranóico e esquizofrénico matou o seu irmão David Schultz. Este filme conta com as performances de Channing Tatum, Mark Rufallo Steve Carell. E é basicamente por causa dele que vem toda esta minha curiosidade. Steve Carell é bem conhecido pelos seus papeis cómicos. Adoro vê-lo actuar, acho que ele é um dos melhores actores de comédia dos últimos tempos, mas aqui ele terá um papel dramático que exigiu muito mais dele. Vamos esperar para ver, mas parece-me ser muito bom.

     

O Festival de Cannes também dedica todos os anos um prémio a novos e inovadores talentos, uma lista que conta com 19 filmes, e também fora de competição serão apresentados 2 filmes em primeira mão. Coming Home do realizador Chinês Zhang Yimou e a sequela do filme de animação da DreamWorks, How To Train Your Dragon 2.


Podem consultar tudo sobre o Festival aqui: http://www.festival-cannes.com e vamos ficar a espera para saber que filmes irão sair premiados este ano.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Crítica: Kill Your Darlings (2013)


"Algumas coisas, uma vez amadas, tornam-se nossas para sempre. E se tentarmos deixa-las ir... Elas retornam a nos. Elas tornam-se parte do que somos... Ou elas nos destroem."

Devido ao nome dos actores associados a este filme e sua história ser baseada em factos reais, fiquei curiosa para o ver. Eu não sabia muito sobre ele, eu só sabia que girava em torno de alguns dos escritores mais famosos da história da literatura americana.

Kill Your Darlings está centrado no início da vida de Allen Ginsberg na Universidade da Colômbia. No filme vemos como ele conheceu que Lucien Carr, William S. Burroughs e Jack Kerouac, e todos juntos estavam prestes a começar o The Beat Generation um grupo de escritores pós-Segunda Guerra Mundial cujos ideais envolviam o discurso livre, o uso de drogas para os ajudar a inspirarem-se intelectualmente, defendiam a libertação espiritual e sexual, entre outras coisas.

Meu principal problema com este filme foi a sua inconsistência. Como não sabia muito sobre a "Geração Beat" achei que o filme não foi capaz de me manter interessado o tempo todo não esclarecendo questões que considero importantes e às vezes encontrava-me a divagar sobre outras coisas. O filme consegue ser bem sucedido em grande parte devido às performances mais do que à estrutura da própria história. A história começa a ficar mais interessante na segunda metade, onde a tensão em torno dos acontecimentos vai aumentando e uma história sobre jovens que querem mudar o mundo torna-se num thriller que nos vai levar até algo trágico.
Alguns dos personagens, especialmente os papéis secundários precisavam de mais desenvolvimento do personagem.



Daniel Radcliffe prova mais uma vez que ele é capaz de fazer coisas diferentes, ele já não é simplesmente o "Harry Potter"! O seu desempenho é incrível, muito intenso, mas não apenas o dele. Todo o elenco tem performances absolutamente surpreendentes e envolventes. Dane DeHaan, Jack Huston, Michael C. Hall e Ben Foster.
A química entre Radcliffe e DeHaan é óptima, apesar de sabermos que ambos são homossexuais e essa tensão sexual está sempre presente durante todo o filme, a relação entre os dois é muito bem entregue e nunca muito pesada, sempre misteriosa. Então, se acham que vão ver algo mais chocante, simplesmente não vão. Em vez disso a relação entre os dois é muito complexa e poética.
Jack Huston, Michael C. Hall e Ben Foster não têm o mesmo tempo no ecrã, mas quando estão em cena os holofotes estão sempre virados para eles. Ben Foster foi a minha performance favorita, simplesmente adorei o seu desempenho!



Kill Your Darlings é uma história sobre uma geração que revolucionou uma série de estilos de vida de várias pessoas, mas é também acima de tudo uma história sobre auto-destruição.

Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Crítica: The Grand Budapest Hotel (2014)


Bem, nem sei por onde começar! The Grand Budapest Hotel era um dos meus filmes mais esperados para este ano. As minhas expectativas eram altíssimas e posso afirmar que excedeu tudo aquilo que eu estava a espera.

Wes Anderson é um realizador muito peculiar e original, não há ninguém como ele e o seu estilo é inconfundível. Com uma filmografia bastante interessante é óptimo ver a sua melhoria ao longo dos anos. Este filme é um bom exemplo disso. Todas as suas habituais técnicas de filmagem, palete de cores, história, personagens peculiares e cenários sempre muito detalhados estão cada vez melhores a cada filme. Gostava de dar aqui principal destaque ao cenário que é de ficar literalmente de queixo caído!

Wes Anderson escreveu este filme baseado nos livros de um escritor chamado Stefan Zweig e todo o universo que ele criou em torno desta história é absolutamente fabuloso. The Grand Budapest Hotel é um famoso Hotel na fictícia Republica de Zubrowka nos Alpes Europeus. Nele seguimos as aventuras do importante porteiro Gustave H. e do seu recente aprendiz Zero Moustafa, que acabam por ir muito além do Grand Budapest. Gustave H. tem a particularidade de gostar de seduzir as mais velhas e ricas hospedes do hotel. Depois de anos de envolvimento com uma dessas senhoras, ela é assassinada e Gustave é o principal suspeito do seu assassinato. E aí começa toda esta grande, maluca e hilariante confusão!

Ralph Fiennes brilha neste filme, a sua performance é magnifica na pele do porteiro Gustave H. Em cada cena que ele entra todos os holofotes estão virados para ele. A sua performance é sem dúvida a que tem o maior destaque mas sempre apoiado por todo um elenco que interpreta os seus papeis de forma genial. O jovem e recente actor Tony Revolori é também muito bom e todas as cenas entre ele e Ralph Fiennes são maravilhosas, os dois tiveram uma grande química e isso transparece para lá do ecrã. Grandes nomes como F. Murray Abraham, Bill Murray, Jeff Goldblum, Edward Norton, Tilda Swinton, Harvey Keitel, Tom Wilkinson entre muitos outros são todos excelentes nos seus pequenos papeis e por vezes até chegamos a ter pena de ver nomes tão talentosos terem tão pouco tempo de ecrã, mas cada um tem a sua devida importância na história.

Divertido, colorido, com diálogos excelentes e cenas hilariantes, deixando também uma importante mensagem sobre lealdade e amizade. Wes Anderson deixa agora a fasquia bastante elevada, depois deste brilhante The Grand Budapest Hotel cá ficamos há espera para ver o que é que este óptimo e único realizador irá fazer no futuro. Acho que posso dizer que este passa a ser o meu filme favorito dele, pois acho que é definitivamente o seu melhor e será também certamente um dos meus favoritos deste ano.

Vão ver, pois vale definitivamente a pena!





Classificação final: 5 em 5 estrelas.

domingo, 13 de abril de 2014

Estreia: The Amazing Spider-Man 2 | 17 de Abril nos Cinemas


Já na próxima Quinta-Feira dia 17 de Abril, a Marvel estreia mais um filme com um dos seus mais adorados super heróis de sempre. 

O reinicio da história feito em 2012, com o filme The Amazing Spider-Man teve opiniões muito divididas. Eu sou grande fã dos primeiros filmes do Homem-Aranha realizados por Sam Raimi e confesso que também eu tive alguns problemas com o primeiro filme e tive dificuldade em me habituar a esta nova "roupagem" do mundo de Peter Parker. Depois de ter visto este trailer fiquei muito mais convencida, pois parece-me ser muito mais promissor que o primeiro filme.

Bem, vamos esperar para ver... Aqui fica o trailer:

   

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Crítica: Viva La Libertà (2013)




Tal como prometido aqui fico o testemunho da minha passagem pelo 8½ Festa do Cinema Italiano. Já tinha comentado por aqui que este seria a minha principal escolha do festival, a cima de tudo derivado ao facto do actor principal ser um que gosto bastante, mas disso já falarei mais adiante. 

Um festival que está cada vez mais em crescimento, graças à preciosa ajuda de vários patrocinadores. Já vai na sua 7ª Edição e espero que continue durante muitos anos. Foi um serão muito agradável passado no mítico Cinema São Jorge onde a sensação de ir ver um filme sabe a algo totalmente diferente. Para quem admira cinema, mesmo para aqueles que vão menos vezes, estar naquele ambiente é algo que tem outro sabor, ainda mais se for para assistir ao filme na bela Sala Manoel de Oliveira, uma das mais belas salas de cinema que talvez já se viu, pois guarda toda uma mística daquilo que era ir "em tempos" ao cinema.

Sala Manoel de Oliveira - Cinema São Jorge

Agora vamos falar sobre o filme.


Em Viva La Libertà seguimos o líder do partido de oposição na Itália, Enrico Oliveri. Ele está a lidar com um alguns problemas dentro e fora do partido. Em plena época de Eleições Europeias, estando ele a concorrer como secretário geral do partido, as sondações mostram que as coisas não estão muito boas para o seu lado e provavelmente irá perder as eleições. Ele encontra-se num estado depressivo e de repente decide fugir nesse momento decisivo para partido. Bottini, o seu assessor decide resolver o problema quando descobre que Olivieri tem um irmão gémeo, Giovanni Ernani, e pede-lhe para substituir Olivieri. Os dois irmãos não se vêem há 25 anos, mas o principal problema é que Ernani acabou de sair de um hospital psiquiátrico e parece não estar muito estável mentalmente... Imaginam o que está por vir?... Apesar do enorme risco Bottini e Anna, a mulher de Olivieri, decidem levar este segredo avante e enganar toda a gente.

O roteiro é incrível e vai nos enganar um pouco ao início. O ritmo é lento, com uma atmosfera pesada que dura nos primeiros 15 ou 20 minutos, mas depois temos uma grande surpresa e o que pensávamos que seria um filme sobre um lado escuro da vida política acaba por ser um filme muito engraçado, muito inteligente e real. Cheio de momentos hilariantes é impossivel não rir muito!

O filme reflecte a realidade política não só da Itália, mas também em muitos outros países da Europa e do mundo, mas a principal mensagem do filme é sobre outra coisa (que por um lado também está definitivamente relacionada connosco enquanto cidadãos) e essa mensagem é nos entregue de uma forma muito bela, deixando-nos a reflectir com um sorriso enorme no rosto.

Toni Servillo é um dos maiores actores de sempre, disso tenho a certeza! A minha adoração por ele cresce após cada filme que vejo. A suas habilidades enquanto actor estão fora deste mundo! Ele é a alma do filme, sem ele, nada teria sido tão bom como é. (E como é que um actor destes não é mais reconhecido em todo o mundo?)

Um grande filme Italiano com um desempenho principal absolutamente brilhante. O título é perfeito e faz todo o sentido em todos os aspectos individuais do filme. E quanto a isso não vos posso adiantar mais nada, pois perderia toda a graça. Recomendo vivamente este muito actual e excelente filme de Roberto Andò.




Classificação final: 4,5 estrelas em 5.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Crítica: The King of Comedy (1982)


O meu querido Martin Scorsese, mais uma vez aqui me provou porque é que ele é um dos meus realizadores favoritos.

Em O Rei da Comédia seguimos Rupert Pupkin um fã obsessivo do muito conhecido Jerry Langston, um apresentador e comediante que tem um programa de TV muito famoso. Vida diária de Rupert gira à volta de Langston. Ele sonha ser como ele um dia. O seu objectivo é ser admirado como um grande comediante e ele quer que Langston o ajude a chegar lá a todo o custo.

O estudo do personagem é incrível. Rupert é um homem solitário, no fundo muito triste, embora mostre ser um homem muito seguro e feliz. Isso é o que torna este filme em uma obra fantástica! Tentar entender certos comportamentos da mente humana não é fácil e hoje em dia a obsessão com as celebridade ainda está presente na nossa cultura e há pessoas que são capazes de fazer qualquer coisa por um momento de fama. Mas este não é de facto o tema principal do filme. Questões mais profundas estão relacionadas com ele.



Sem querer adiantar muito, há uma cena em particular quase no final do filme, a actuação de Rupert no talk show de televisão que praticamente resume todo o filme. Martin Scorsese não tentou apenas mostrar como o mundo da fama funciona, mas também, e acima de tudo, o que leva um homem a uma situação tão desesperada. Experiências infância traumáticas e coisas más da vida que podem mudar algumas das mentes mais fracas e levá-las à loucura.

Quando eu era mais nova costumava ver muitos filmes de Jerry Lewis, os meus pais são grandes fãs dele. Os seus filmes são muito engraçados (preciso voltar a ver alguns deles por falar nisso). Mas a coisa que mais me intrigou foi o facto de que eu saber que Jerry Lewis teria um papel sério neste filme e não iria ver o seu tom cómico habitual. Estava muito curiosa em ver este outro lado dele e posso dizer que ele foi óptimo!
Alguns actores cómicos acabam por ser muito bons em papéis dramáticos. Jerry Lewis interpreta o arrogante que está cansada dos holofotes. Ele já está acostumado a lidar com muitos homens como Rupert todos os dias e trata os seus fãs com desdém sem conseguir tolerá-los.
Sandra Bernhard dá também um grande desempenho psicótico como Masha, a amiga de Rupert, que também é obcecada por Langston.



Martin Scorsese fez uma escolha inteligente ao escolher um dos actores de comédia mais aclamados para desempenhar o papel de um artista de comédia super cínico. Mas quem realmente brilha neste filme é o Sr. Robert De Niro com um desempenho absolutamente magnífico! Ele retrata perfeitamente uma pessoa que está mentalmente instável. Rupert vive em total isolamento, ele fantasia a toda a hora com situações que são reais na sua cabeça. Ele próprio acredita nas mentiras que cria na sua cabeça.

Sem dúvida, O Rei da Comédia é outra obra-prima feita por um dos melhores homens do negócio no mundo do Cinema.


Classificação final: 5 estrelas em 5.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Crítica: The Cabin in the Woods (2012)


O terror é um género que está super saturado, vemos as mesmas histórias sem conta e este filme tem de ser admirado pela sua criatividade. The Cabin in The Woods tem definitivamente uma das histórias mais originais de um filme de terror de todos os tempos. O conceito é muito bom, mas eu não estou tão certa quanto a todos os outros aspectos do filme... 

Eu não consigui perceber se as performances foram apenas pobres ou se esse era o propósito. Também não consegui perceber se a maioria das cenas eram simplesmente estúpidas ou se também era esse o propósito... Pois podemos olhar para este filme como sendo uma sátira aos filmes de terror. Bem, nem sei, a verdade é que no fim eu nem sequer sabia se tinha gostado de o ver ou não e isso não é um bom sinal... 

Muitas pessoas adoram este filme e ainda bem, mas eu acho-o muito estranho, muito bizarro e para mim acabou por não ser assim tão surpreendente como eu pensava que seria depois de ter lido comentários incríveis sobre esta história. 

Peço desculpa a todos os fãs deste filme (sei que são muitos), eu respeito e consigo entender porque muitos adoraram, mas infelizmente para mim ele simplesmente não funcionou tão bem.






Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

Crítica: High Fidelity (2000)


Uma óptima combinação de drama e comédia, isto é o que High Fidelity tem para nos oferecer!

Basicamente esta é uma história sobre um homem que não soube crescer. Esse homem é Rob. Rob adora música e é dono de uma loja de discos. Ele trabalha no que realmente gosta e não há nada melhor que isso, mas às vezes parece que simplesmente não se importa com isso. Ele anda ultimamente mais obcecado com uma lista que ele intitula de "Top 5 das raparigas que o deixaram", incluindo o seu relacionamento actual que acaba mesmo no inicio do filme. Ele quer saber porque é que todas as raparigas com quem ele já namorou o deixaram.

Algo muito original e que adorei é o facto de que temos a narração literalmente na primeira pessoa. Rob narra tudo para a camera e assim ele consegue realmente conectar-se connosco e vamos tentando entender melhor a crise por que ele está passando no momento.

A música é um aspecto muito importante neste filme. E todos os aspectos sobre música que os personagens explicam, os seus estilos de vida e a importância que eles dão à música no seu dia-a-dia é algo que eu entendo totalmente. Isso foi outra das coisas que me fez conectar ainda mais com este filme, basicamente porque eu comparo a paixão dos personagem pela música com a minha paixão pelo cinema. 

Não há necessidade de dizer que a banda sonora é óptima e a pequena aparição de Bruce Springsteen é muito engraçada! Não importa se vamos gostar ou não do tipo de música do filme, pois é divertido de qualquer maneira!

John Cusack é literalmente o "homem do filme", ele realmente brilha! Ele retrata perfeitamente o "homem normal". Ele não é forçado, tudo o que ele diz ou faz soa e parece muito honesto e real.
Jack Black para mim é sempre um tipo muito engraçado e mais uma vez neste filme ele é capaz de nos fornecer algumas boas risadas, assim como Todd Louiso como colega de trabalho mais reservado e tímido de Rob.
Até mesmo os papéis menores são muito bons, Tim Robbins, Joan Cusack e as ex-namoradas de Rob, todos grandes personagens.

Acho que John Cusack é um actor super talentoso e sinto sempre que é tão subestimado! Eu gostava de o ver ser mais elogiado, coisa que não me parece que ele seja. Eu sinto que muitas pessoas não lhe dão o apreço merecido.

Stephen Frears (The Queen, Philomena) fez um trabalho incrível ao realizar este filme.





Classificação final: 5 estrelas em 5.