sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Crítica: As Duas Faces de Janeiro (The Two Faces of January) 2014


Data de Estreia: 30-10-2014

O elegante, envolvente, muito misterioso e cheio de boas interpretações, As Duas Faces de Janeiro, transporta-nos até umas férias glamorosas na Grécia, férias essas que estavam longe de se transformar num pesadelo.

O glamoroso e carismático milionário americano Chester MacFarland (Viggo Mortensen) está em Atenas com a sua jovem e bonita esposa Colette (Kristen Dunst) para umas férias de luxo. Lá conhecem o guia turistico, também americano, Rydal (Oscar Isaac) que rapidamente fica fascinado com a beleza de Colette. Impressionado com aquela vida extravagante, Rydal, aceita um convite do casal para jantar e rapidamente se percebe que ambos são homens com semelhantes convicções na vida. Ambos ambiciosos, ganânciosos e escondem secredos.

As Duas Faces de Janeiro é um thriller muito bem construido, que apesar de ser bastante simples no que toca à sua história, consegue ser muito inteligente. Conseguimos encontrar semelhanças com os filmes do mestre do suspense Alfred Hitchcock e até se poderá dizer que será uma homenagem ao seu brilhante trabalho. O facto de ser tão "Hitchcockian" dá-lhe com certeza um brilho especial. Suspense, intriga, mentiras, revelações perigosas e até uma atmosfera de paranoia e claustrofobia, funcionam sempre bem com a intensidade necessária para cada momento. O filme retrata muito bem a época dos anos 60 e conta também com uma bonita cinematografia.

No que toca a interpretações é sem dúvida Viggo Mortensen que se destaca mais neste filme e consegue convencer, pois tanto demonstra uma profunda calma sendo um homem bastante subtil e refinado, como derrama um sentimento de fúria e frustração quando necessário. A bonita Kristen Dunst e o também talentoso Oscar Isaac têm ambos boas interpretações, aos poucos explorando as virtudes e defeitos dos seus persongens com pequenos e interessantes detalhes que mostram aquilo que cada um é, e quando digo isto o mesmo se aplica à performance de Viggo Mortensen, que é muito bem apoiado por estes dois.

Um grande thriller sobre dois homens que o destino cruzou, que rapidamente descobrem que têm mais em comum do que aquilo que esperavam. Dois completos estranhos que percebem que querem exactamente o mesmo na vida. Uma casualidade do destino que funciona como o reflexo de um futuro.










Classificação final: 4 estrelas em 5.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Crítica: Lixo (Trash) 2014


Data de Estreia: 30-10-2014

O mais recente trabalho do realizador Stephen Daldry (As Horas, O Leitor ou Extremamente Alto Incrívelmente Perto) pode ser inicialmente confundido com uma produção brasileira. Politicamente incorrecto, descaradamente abordando mais uma vez a corrupção que existe no Brasil falha quando não consegue levar a sério o lado provocatório da questão. Um filme sobre três crianças que por ironia do destino vão acabar a importante missão de um homem. Sem quaisquer medos, os meninos embarcam numa aventura que acaba por se tornar bastante perigosa.

Infelizmente pode dizer-se que Stephen Daldry tentou realizar uma versão pobre do fantástico Quem Quer Ser Milionário? (2008) de Danny Boyle. Richard Curtis foi o responsável pelo argumento, ele que já escreveu algumas das melhores comédias britânicas dos últimos tempos, não conseguiu fazer um bom trabalho ao adaptar o livro "Lixo" de Andy Mulligan.

No inicio do filme conhecemos José Angelo (Wagner Moura), procurado pela policia que anda atrás de algo importante que ele possui. Ao ser capturado atira uma carteira para dentro de um camião do lixo que está a passar. Enquanto Angelo é torturado e morto a carteira é encontrada num lixão por Rafael (para quem desconhece este é o nome dado aos enormes depósitos de lixo no Brasil, sitio onde vivem muitas familias que obtêm o seu sustento trabalhando lá). Rafael e mais dois amigos, por curiosidade começam a seguir pistas que encontram dentro da carteira depois de uma rusga policial a toda a área liderada por Frederico (Selton Mello). Rafael partilha as informações com os seus dois amigos, Gardo e Rato, e sentindo que estão a fazer alguma coisa importante, e sem querer saber do perigo, estão agora metidos numa embrulhada, mas dizem que só querem fazer o que está certo. 

A participação de Martin Sheen, como padre de uma pequena paróquia na favela, e Rooney Mara, uma professora de inglês voluntária, foi puramente publicitária e necessária para esta versão Hollywoodesca. No entanto os poucos diálogos em inglês existentes no filme são dos dois, e ambos não têm qualquer destaque sendo obvio que esta foi apenas uma estratégia para vender em filme em todo o mundo. O trailer leva-nos ao engano quando nos faz acreditar que Wagner Moura será um dos principais personagens deste filme, ele sem dúvida um papel chave na história, mas o seu tempo de ecrã é pouquissimo, o seu enorme talento como actor é aqui totalmente desperdiçado mas em todos os poucos momentos que entra a sua performance é fantástica. Selton Mello também tem um papel sólido mas pouco desenvolvido, seria interessante ter explorado mais o personagem. As crianças conseguem surpreender, sempre muito energéticas e o melhor que Lixo tem é sem dúvida a parte de entretenimento que os três meninos dão ao filme.

No que toca a aspectos técnicos, o filme tem sequências muito bem filmadas, uma boa edição e banda sonora adquada ao tema e situações do filme, mas os buracos no enredo e situações absolutamente impossiveis de acontecer chegam a ser bastante estrambólicas e totalmente previsiveis. A imagem que conhecemos do Rio de Janeiro não nos é mostrada da maneira que estamos habituados a ver. Sabemos que o filme é passado lá, mas mal conseguimos identificar isso. A ideia seria talvez mostrar só a parte menos boa da cidade, mostrando apenas as favelas e o lixão, mas estranhamente nem nisso consegue ser bem sucedido bem, pois tudo parece bonitinho demais.

Tentando ser provocador e politicamente incorrecto, Lixo acaba por se perder no meio de momentos  que não fazem sentido ou simplesmente são pouco inteligentes.









Classificação final: 2 estrelas em 5.

TCN Blog Awards 2014


O May the CINEMA be with you está nomeado para a categoria de Novo Blogue nos TCN Blog Awards 2014.

Fico mesmo muito feliz e orgulhosa pela oportunidade e agradeço a todos os que seguem este meu pequeno espaço onde gosto de partilhar esta minha enorme paixão pela 7.ª Arte. Espero que este blogue continue a crescer e que consiga sempre melhorar as minhas capacidades.

Se quiserem saber mais sobre os TCN Blog Awards visitem o blog Cinema Notebook em: http://cinemanotebook.blogspot.pt/ 


Parabéns a todos os nomeados e boa sorte :D

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Poster & Trailer: Before I Disappear


Depois de ter relizado, escrito e desempenhado o principal papel na curta metragem Curfew (vencedora do Oscar de Melhor Curta-Metragem em 2013) é certo que Shawn Christensen ganhou entusiasmo para transformar a sua curta em algo mais desenvolvido. E assim nasceu Before I Disappear.

A premissa é exactamente a mesma, um homem que está numa fase muito deprimente da sua vida, recebe um telefonema da sua irmã para tomar conta a sobrinha Sophia por algumas horas. Agora só resta saber o que é que Shawn Christensen conseguiu fazer nesta versão alongada da história que resultou perfertamente enquanto curta. Gostei imenso da curta-metragem e estou curiosa para saber o que vai sair daqui.

LEFF 2014 | Homenagens


[Tal como tinha dito no primeiro post que fiz sobre o LEFF deste ano, resolvi  dar a conhecer as diferentes secções do Festival em posts separados.]

John Malkovich e Maria de Medeiros serão os grande homenagedos desta edição. 

John Malkovich estará inclusivé presente ao longo do festival acompanhando a sua homenagem, participando em diversos encontros conversando com o público. Serão exibidos filmes não só onde ele entra como actor, mas também filmes que produziu, realizou e até peças de teatro em que participou e adaptou. Entre os 12 filmes desta homenagem estão filmes como The Dancer Upstairs (realizador), The Perks of Being a Wallflower (produtor), Juno (produtor), Libra ou Balm in Gilead (peças de teatro, a primeira adaptada por si). Com certeza que esta homenagem será um dos pontos altos desta 7.ª Edição do Festival.

Maria de Medeiros, outra das homenageadas, terá em exibição 17 filmes. Tanto filmes que realizou como os que entra como actriz. Foi a própria que fez essa selecção e entre estes 17 estão filmes como Capitães de Abril (realizadora e actriz), Viagem a Portugal (actriz), Adão e Eva (actriz), As Aventuras do Homem Invisível (realizadora) ou Pulp Fiction (actriz).

Para saber mais sobre os outros filmes em destaque desta secção consultem as páginas: 


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

LEFF 2014 | Selecção Oficial | Em Competição


[Tal como tinha dito no primeiro post que fiz sobre o LEFF deste ano, resolvi  dar a conhecer as diferentes secções do Festival em posts separados.]

A Selecção Oficial | Em Competição, é composta por 12 filmes de vários cantos do mundo que têm uma menor visibilidade internacional, e que de outra forma não chegariam as nossas salas. Com o objectivo de divulgar o trabalho de jovens realizadores, descobrindo várias culturas e identidades.

Alguns dos destaques desta secção vão ser:

P'tit Quinquin é um adolescente que vive no norte de França e tenta ocupar as férias fazendo o que pode com os seus amigos. Um dia vê um helicóptero a sobrevoar a praia e a retirar uma vaca, que faz parte de uma investigação policial pois na sua barriga encontra-se uma mulher esquartejada.


Phoenix a história de Nelly Lenz uma sobrevivente de um campo de concentração que ficou desfigurada. Após uma cirurgia de reconstrução parte em busca do seu marido Johnny, que quando a encontra não a reconhece. Ainda assim, considerando a mesma parecida com a sua mulher, que ele pensava ter falecido, pede-lhe que o ajude a reclamar uma fortuna que ela deixou.


Hermosa Juventud o retrato do casal Natalia e Carlos de 20 anos. Estão muito apaixonados, mas ambos não tem grandes ambições na vida. Decidem fazer um filme porno para ganharem algum dinheiro, mas o nascimento da sua filha Julia irá trazer uma grande mudança.


Dos Disparos Mariano, um adolescente de 17 anos que um dia encontra um revolver em casa, sem razão aparente resolve disparar duas vezes sobre si. Sobrevive. E esta é a história de como Mariano e a sua familia reagem a esta situação.


Para saber mais sobre os outros destaques desta secção consultem a página: http://www.leffest.com/pt/seccoes/em-competicao 

domingo, 26 de outubro de 2014

LEFF 2014 | Selecção Oficial | Fora de Competição


[Tal como tinha dito no primeiro post que fiz sobre o LEFF deste ano, resolvi  dar a conhecer as diferentes secções do Festival em posts separados.]

A Selecção Oficial | Fora de Competição, tem o objectivo de divulgar ao público em antestreia nacional alguns dos filmes mais esperados do ano, abrangindo as multiplas variantes do mundo cinematográfico.

Alguns dos maiores destaques desta secção vão ser: 

Saint Laurent o filme que irá abrir o festival este ano. A biografia do estilista francês Yves Saint Laurent, que este ano pela primeira vez no Festival irá como que introduzir uma nova secção de eventos e conversas sobre a importância da Moda também no mundo do Cinema.


Mapa das Estrelas o último filme de David Cronenberg, que mostra o lado negro de Hollywood e da busca de novas celebridades. Com um leque variado de actores conhecidos, num filme que já valeu a Julianne Moore a Palme d'Or para Melhor Actriz este ano no Festival de Cannes.


Mommy que conta a história de uma mãe solteira que fica com a guarda do filho impulsivo e violento, que tentando lidar da melhor maneira com a situação vai ter a preciosa ajuda de uma vizinha. O filme foi nomeado no Festival de Cannes para a Palme d'Or.


Welcome to New York O polémico filme protagonizado por Gérard Depardieu baseado na suposta vida de luxo e escandalos sexuais do político francês Dominique Strauss Kahn.


Dois Dias, Uma Noite um retrato do desemprego que se vive um pouco por toda a Europa com uma performance de Marion Cotillard já muito elogiada.


20,000 Days on Earth o filme que tenta não só demonstrar todo o processo creativo de Nick Cave, o vocalista dos Nick Cave and The Bad Seeds, mas também o lado mais verdadeiro do seu ser, para além do mundo artístico.


Estes são só alguns dos destaques. Esta Secção conta ainda com mais 15 filmes. Para saberem mais sobre eles consultem a página: http://www.leffest.com/pt/seccoes/fora-de-competicao

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Poster & Trailer: The Gambler


The Gambler é o próximo filme de Rupert Wyatt, realizador do blockbuster Rise of the Planet of the Apes de 2011. O filme é um remake de 1974 com o mesmo nome, que conta a história de um professor de literatura que tem problemas de jogo, o que o levará a ter problemas com gangsters.

O elenco conta com nomes como Mark Wahlberg no principal papel, Brie Larson , John Goodman ou Jessica Lange. O filme estreia nos Estados Unidos no principio do ano que vem, mas não tem ainda estreia marcada no nosso país.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Crítica: Um Santo Vizinho (St. Vincent) 2014


Data de Estreia: 23-10-2014

Bill Murray salva um filme que poderia ter sido só apenas mais uma comédia cheia dos clichés do costume. Como grande actor que é, consegue carregar em si toda a história do filme e todas as suas cenas são absolutamente deliciosas!

Um Santo Vizinho é uma divertida comédia que conta a história de Vincent (Bill Murray), um ex-combatente da Guerra do Vietname, já reformado, rabugento, alcoólico e jogador compulsivo. Maggie (Melissa McCarthy), uma mãe solteira acaba de se mudar para a casa do lado com o seu filho Oliver (Jaeden Lieberher) de 12 anos e Vincent acaba por se tornar seu babysitter. E assim começa a nascer uma improvável amizade entre Vincent e Oliver. Derivado ao seu feitio insuportável, Vincent é detestado por todos e aos poucos Oliver descobre aquilo que todos não queriam ver. No fundo Vicent é um bom homem, apenas revoltado mas com um grande coração. No meio disto tudo ainda está metida uma engraçada prostituta russa grávida (Naomi Watts).

Perante um filme com uma história cheia de situações que já vimos em imensos filmes do género, Bill Murray é sem dúvida a estrela que dá vida e o seu carisma transforma esta comédia em algo digno de ser ver, não sendo só mais uma de muitas. O seu personagem está absolutamente bem construido e é impossivel não ficar bem disposto ao ver aquele homem super rabugento no ecrã. Melissa McCarthy que está habituada a ter papeis cómicos de bastante destaque, aqui consegue proporcionar risadas, mas sempre sendo muito mais subtil do que tem sido nas comédias que entrou até então. Chris O'Dowd é muito engraçado com uma performance pequena mas que se destaca no meio de tudo tal como Naomi Watts num papel super improvável, muito diferente daquilo que costuma fazer. O jovem actor Jaeden Lieberher e Bill Murray fazem uma equipa muito boa e a quimica entre os dois é notória.

Um Santo Vizinho é um filme cheio de charme que irá aquecer o coração com alguns toques emocionais ao longo do filme e que certamente irá divertir todos, proporcionando vários momentos de boa disposição.






Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

Trailer: The Avengers: Age of Ultron


Saíu ontem o primeiro trailer oficial daquele que será talvez o blockbuster mais esperado do ano que vem, The Avengers: Age of Ultron. Chega aos nossos Cinemas em Abril de 2015 e parece ter ainda mais acção e ser ainda mais explosivo levando o entretenimento ao nível máximo!

Ao elenco já bem conhecido composto por Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Samuel L. Jackson e Cobie Smulders juntam-se também a estes Elizabeth Olsen como Scarlet Witch, Aaron Taylor-Johnson como Quicksilver e James Spader como Ultron.

Mostrando ter uma atmosfera bastante mais escura do que o primeiro filme (The Avengers) é certo que o pacote de acção parace ser perfeito para filme de Verão que nos vai entreter e quem sabe até impressionar bastante, coisa que a Marvel tem vindo a fazer de filme para filme.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

LEFF - Lisbon & Estoril Film Fest 2014


No próximo mês está de volta o LEFF - Lisbon & Estoril Film Fest para a sua 7.ª Edição. O Festival tem crescido imenso nestes ultimos 7 anos e neste momento pode dizer-se que é um dos maiores eventos culturais do nosso país, celebrando uma boa parte do que de melhor se faz durante o ano no mundo do Cinema.

O Festival decorrerá do dia 7 a 16 Novembro e sabemos que podemos contar com uma boa selecção de filmes, homenagens, retrospectivas, masterclasses entre outros eventos culturais onde o Cinema se cruza com outras áreas.

Para saber mais informação sobre o LEFF podem sempre seguir a página oficial do Festival: http://www.leffest.com/pt 



Em breve postarei mais informações sobre alguns dos filmes e convidados que passarão pelo LEFF deste ano.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Poster & Trailer: Unbroken


Unbroken conta a história do herói da Segunda Guerra Mundial, Louis "Louie" Zamperini, um ex-corredor Olímpico, que sobrevive a um acidente de avião e fica 47 dias à deriva no mar, e depois é feito prisoneiro pelos japoneses em campos de guerra durante dois anos e meio.

Uma história veridica de sobrevivência, baseada no livro Unbroken: A World War II Story of Survival, Resillience, and Redemption de Laura Hillenbrand. O filme é realizado por Angelina Jolie que continua assim com a sua carreira por trás das cameras depois de ter realizado o seu primeiro filme em 2011 In the Land of Blood and Honey. A actriz já está a filmar o seu terceiro filme, By the Sea, onde para além de realizadora, também escreveu, produziu e irá protagonizar o filme ao lado do seu marido Brad Pitt.

O filme tem estreia marcada em Portugal para o dia de Natal, 25 de Dezembro de 2014, exactamente no mesmo dia que irá estrear nos EUA.

domingo, 19 de outubro de 2014

Poster & Trailer: In the Heart of the Sea


In the Heart of the Sea é o próximo filme de Ron Howard, que irá contar de novo com a colaboração de Chris Hemsworth no principal papel, o actor que já havia trabalhado com ele no seu último filme, Rush. Outros nomes bem conhecidos como, Cillian Murphy, Brendan Gleeson ou Ben Whishaw também fazem parte do elenco.

Este é baseado no livro do escritor americano Nathaniel Philbrick sobre o Navio Baleieiro "Essex" que se perdeu no Oceano Pacífico em 1820, e foi atacado por um cachalote, vindo depois a afundar. Depois do brutal ataque os tripulantes passando por situações muito dificeis, vêm-se obrigados a tornar-se canibais.

Pelo trailer parece ter uns efeitos visuais espectaculares e o mais impressionante de tudo é que está história é mesmo baseada em factos veridicos. Esta foi também a história que inspirou o famoso livro de 1851, Moby-Dick de Herman Melville.

O filme ainda não tem data de estreia em Portugal, mas já tem data de estreia marcada nos EUA para Março de 2015.

Crítica: Frank 2014


Data de Estreia: 16-10-2014

Assim que Frank começa temos de imediato a sensação de que estamos prestes a assistir a algo um pouco diferente. E diferente é exactamente a palavra que melhor define este filme, irrevogavelmente pelo facto do personagem principal usar uma cabeça de papelão gigante.

Jon, muito bem interpretado por Domhnall Gleeson, é um aspirante a músico que anda em busca de inspiração para criar novas letras, mas cada vez que tenta por as suas ideais em acção nada parece funcionar. Em maré de sorte (pensava ele) inesperadamente é convidado a fazer parte de uma banda, que precisa urgentemente de um teclista visto que o da banda teve um ataque psicotico grave. É então que Jon começa a fazer parte dos bizarros "Soronprfbs", uma banda onde todos os membros são mais do que peculiares. Mesmo com a dificuldade que Jon tem em se conectar com os membros da banda inicialmente, ele tem grandes planos para o futuro e acredita seriamente que em conjunto se podem tornar numa grande e famosa banda.

Michael Fassbender é um actor fantástico e aqui, como Frank (irreconhecível), mais uma vez ele prova que até quando usa uma cabeça de papelão gigante durante todo o filme ele consegue ser absolutamente incrível. A sua expressão corporal, forma de estar e falar conseguem passar a total loucura de um homem que aparentemente achamos engraçado e que com o tempo vamos nos apercebendo que sofre de uma doença mental grave, apaziguada e controlada pelo amor que tem pela música. Maggy Gyllenhall, muito dura e carrancuda tem uma interpretação que também merece bastante destaque.

Com muita ironia à mistura, Frank acaba por ser um retrato sincero daquilo que é a doença mental e a insegurança daqueles que não se sentem bem na sua própria pele. O personagem Frank foge aquilo que verdadeiramente é e a unica maneira de se sentir bem na sua pele é usando a cabeça de papelão. O filme acaba também por explorar o que cada um considera como forma de arte, e a ideia de que ser famoso trás felicidade, ideia que a maior parte das vezes está totalmente errada.

Um filme divertido e diferente, mas que poderá não agradar a todos derivado a alguns momentos um pouco loucos e que deixam algumas questões no ar.







Classificação final: 3,5 estrelas em 5.

sábado, 18 de outubro de 2014

Poster & Trailer: Big Eyes


Primeiro poster para Big Eyes, o próximo filme de Tim Burton protagonizado por Amy Adams e Christoph Waltz. O filme é um drama autobiografico baseado na história da pintora Margaret Keane cujo o marido, Walter Keane, alegou ter sido o criador de todas as suas obras. O filme conta a história do sucesso do casal e também do divórcio e da batalha entre os dois por Walter ter roubado as suas pinturas.

Já sabemos que certamente podemos contar com um pouco de "bizarrice" e atmosfera sombria que Tim Burton coloca em todos os seus filmes, mas finalmente vamos poder vê-lo fugir um pouco do registo de fantasia que tem feito nos ultimos anos. O filme será lançado em Dezembro nos EUA, portanto podemos com estreia marcada em Portugal para o inicio de 2015.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Crítica: O Juíz (The Judge) 2014


Data de Estreia: 16-10-2014

Passado um bom tempo, finalmente podemos ver o grande Robert Downey Jr. fazer algo diferente do super-herói Iron Man ou até mesmo do muito inteligente mas tresloucado Sherlock Holmes. Nada contra, visto que o sucesso destes dois blockbusters se deve muito ao seu talento e aquilo que ele dá aos personagens que interpreta. Em O Juíz  podemos vê-lo a fazer um papel mais profundo e sério, nunca perdendo o seu lado ironico que engraçado que sempre nos faz rir assim que é necessário. Interpreta aqui um personagem que pode ser perfeitamente adptado à vida real e confesso que já tinha saudades de o ver novamente num registo diferente.

O Juíz divide-se entre as salas de audiência de tribunais e o drama familiar de uma familia marcada por problemas do passado, que até então se encontram mal resolvidos. O advogado Hank Palmer (Robert Downey Jr.) vê-se obrigado a regressar a sua terra natal, no Indiana, passados 20 anos, para o funeral da sua mãe. Hank sempre teve problemas com o seu pai (Robert Duvall), um respeitado juíz da cidade, e durante a sua suposta curta estadia o seu pai é considerado o principal suspeito de um homicidio. Hank vê-se obrigado a ajudar o seu pai a descobrir a verdade acabando por voltar a conectar-se com os seus irmãos e até com velhos conhecidos da pequena cidade.

O filme não é simplesmente uma história sobre tribunais, leis ou investigação criminal, mas sim um drama familiar onde os personagens se vão redescobrir a si próprios, aprender a perdoar e respeitarem-se uns aos outros. O lado emocional da história é mais importante do que tudo o resto, e apesar dos inúmeros clichés que o filme possa ter, eles resultam na perfeição para aquilo que é suposto o filme nos dar, acabando por nunca desiludir.

É sem dúvida um filme de grandes interpretações. A química entre Downey Jr. e Duvall é mesmo muito boa e todas as suas cenas juntos são muito intensas. Todo o elenco secundário tem um bom desempenho, mas são principalmente eles os dois que fazem com que O Juíz deixe de ser apenas mas um drama de conflitos entre pai e filho, e sim um retrato real de muitas familias, sincero e honesto que conta com um final um pouco diferente do que estamos à espera.






Classificação final: 3,5 estrelas em 5.