sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Crítica: Earth to Echo (2014)


Data de Estreia: 21-08-2014

Não sabia ao certo o que esperar deste filme. Acabou por ser carinhoso e sensível querendo passar uma mensagem de que podemos ter amigos para a vida, dispostos a estar ao nosso lado para tudo, mas esse seu lado adorável não foi o suficiente.


Em Earth to Echo (Terra Chama Echo), os melhores amigos Tuck, Alex e Munch e as suas famílias vão ser obrigadas a sair do bairro onde vivem, pois todas as casas irão ser demolidas para dar inicio à construção de uma auto-estrada. Tuck adora fazer os seus próprios vídeos, filmar os acontecimentos do dia-a-dia. Poucos dias antes da mudança todos os telemóveis da área começam a ficar com umas imagens estranhas no ecrã. Rapidamente os rapazes descobrem que essas imagens estranhas são mapas e na ultima noite que irão passar no mesmo bairro decidem partir juntos numa grande aventura, e tudo está constantemente a ser registado pelas cameras de Tuck.

A técnica utilizada para filmar foi o "found-footage" e confesso que não sou propriamente a maior fã do estilo. É algo que se torna por vezes irritante pois a camera nunca pára quieta, dando-lhe uma sensação de movimento inconstante. Visto que este filme supostamente é direccionado para as crianças não sei isso terá sido uma mais valia. Por outro lado, achei os efeitos especiais muito bem conseguidos.

As performances dos jovens actores são um pouco inconsistentes. Por vezes consegui realmente acreditar nas suas intenções, outras não. Todos tiveram os seus altos e baixos. A introdução de uma quarta personagem, uma rapariga que frequenta a mesma escola que os três amigos, pareceu um pouco forçada e desnecessária. Preferia se a história se tivesse apenas mantido pelos três personagens centrais.

O maior problema de Earth to Echo é que acaba por ser uma mistura entre os filmes Super 8 (de J. J. Abraams) e E.T. (de Steven Spielberg), o que lhe tira absolutamente toda a originalidade. No que toda à parte aventureira do filme ele segue exactamente o mesmo caminho e enredo de Super 8. Na parte emotiva da história, é como E.T., onde um ser extraterrestre se torna amigo de um grupo de jovens, mas se conecta especialmente com um deles.

Echo é um personagem muito pouco desenvolvido. Só sabemos que vem do espaço, não sabemos de onde ao certo. Não sabemos ao certo o porquê de estar preso no Planeta Terra e quando chegamos ao fim fica um vazio, coisas por explicar. Adorava ter visto Echo mais tempo no ecrã.


Consigo ver muitos adolescentes a passar um bom bocado a ver este filme, mas não o recomendaria a crianças talvez a abaixo dos 12 anos. Digo isto porque o poster do filme pode inclusivamente levar muitos pais ao engano.





Classificação final: 2,5 estrelas em 5.

Sem comentários:

Enviar um comentário