terça-feira, 13 de maio de 2014

Crítica: Transcendence (2014)


Apesar das críticas negativas que tenho visto por aí ultimamente à cerca deste filme, queria ir ver este recente thriller de ficção científica de qualquer maneira. Estava curiosa desde que vi o trailer. Transcendence acaba por ser afinal não tão transcendente assim, mas para mim também não foi tão terrível quanto muitos acharam.

Eu acho que a razão pela qual a maioria das pessoas acha o filme terrível, é porque mesmo o conceito sendo muito original, há tantas mensagens a serem entregues e tantos termos tecnológicos complexos falados ao mesmo tempo que de vez em quando nos sentimos um pouco perdidos.

Dr. Will Caster acredita numa Inteligencia Artificial, um super computador que pode ser capaz de ajudar os seres humanos a criar um mundo melhor. Mas há um grupo organizado de terroristas que são contra esta ideia. Seguido de alguns eventos trágicos, a mente de Will é transferida para o super computador que ele próprio criou com a ajuda da sua mulher. A mente de Will começa a crescer e assim que ele se torna mais poderoso, ele pode trazer sérias consequências para o Planeta.

Com um conceito tão forte e original o enredo não é muito bem estruturado e é pobremente desenvolvido. Acho que o ritmo é o maior problema deste filme. Às vezes as coisas acontecem rápido demais e outras vezes temos que esperar muito tempo para ver alguma coisa diferente acontecer. Talvez seja um pouco longo demais também.

Quando se trata de visuais e de cinematografia não há nada de mal a dizer, foram muito bem feitas! As performances também são sólidas, Johnny Deep, Paul Bettany e especialmente Rebecca Hall que dá um desempenho muito comovente e real. Morgan Freaman é sempre uma alegria de se ver, não importa o papel e Cillian Murphy outro bom actor, mas acontece que não lhes é dado muito tempo no ecrã. Gostava de ter visto mais dos dois.

Este filme tem uma quantidade de mensagens para transmitir que realmente nos mantém pensando sobre elas assim que o filme termina. Humanidade vs Tecnologia parece ser o tema principal deste filme. Poderá ser perigosa a Tecnologia num futuro próximo? O Homem pode controlar tudo apenas por rede? Somos seres humanos auto-conscientes? Somos capazes de ver o perigo na evolução da Tecnologia? Mas isso são apenas questões superficiais... A verdadeira mensagem do filme é sobre amor. O que é que um ser humano é capaz de fazer por amor verdadeiro? E foi essa volta reviravolta final do filme que me fez gostar um pouco mais dele. Bem, mas eu não quero estragar nada para vocês. Têm de ver para entender o que digo.

No geral, não esperem muito de Transcendence. Olhem para ele apenas como um filme de entretenimento de ficção científica onde as performances vão nos fazer interessar mais pela história, que por mais falhas que tenha é capaz de aquecer o coração ou com um toque emocional.






Classificação final: 3 estrelas em 5.

1 comentário:

  1. Transcendence é um filme com potencial que falha absurdamente em sua argumentação. Este thriller de ficção científica mais de 100 minutos, eu gostei. Transcendence é um filme estranho e muito futurista que eleva a curto prazo um futuro muito sombrio para toda a humanidade. A coisa interessante sobre este filme é o debate e o dilema moral que surge quando se discute os limites da ciência e tecnologia. Transcendênce é o primeiro filme que fez Wally Pfister, diretor de fotografia de quase todos os filmes de Christopher Nolan.

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