segunda-feira, 14 de abril de 2014

Crítica: The Grand Budapest Hotel (2014)


Bem, nem sei por onde começar! The Grand Budapest Hotel era um dos meus filmes mais esperados para este ano. As minhas expectativas eram altíssimas e posso afirmar que excedeu tudo aquilo que eu estava a espera.

Wes Anderson é um realizador muito peculiar e original, não há ninguém como ele e o seu estilo é inconfundível. Com uma filmografia bastante interessante é óptimo ver a sua melhoria ao longo dos anos. Este filme é um bom exemplo disso. Todas as suas habituais técnicas de filmagem, palete de cores, história, personagens peculiares e cenários sempre muito detalhados estão cada vez melhores a cada filme. Gostava de dar aqui principal destaque ao cenário que é de ficar literalmente de queixo caído!

Wes Anderson escreveu este filme baseado nos livros de um escritor chamado Stefan Zweig e todo o universo que ele criou em torno desta história é absolutamente fabuloso. The Grand Budapest Hotel é um famoso Hotel na fictícia Republica de Zubrowka nos Alpes Europeus. Nele seguimos as aventuras do importante porteiro Gustave H. e do seu recente aprendiz Zero Moustafa, que acabam por ir muito além do Grand Budapest. Gustave H. tem a particularidade de gostar de seduzir as mais velhas e ricas hospedes do hotel. Depois de anos de envolvimento com uma dessas senhoras, ela é assassinada e Gustave é o principal suspeito do seu assassinato. E aí começa toda esta grande, maluca e hilariante confusão!

Ralph Fiennes brilha neste filme, a sua performance é magnifica na pele do porteiro Gustave H. Em cada cena que ele entra todos os holofotes estão virados para ele. A sua performance é sem dúvida a que tem o maior destaque mas sempre apoiado por todo um elenco que interpreta os seus papeis de forma genial. O jovem e recente actor Tony Revolori é também muito bom e todas as cenas entre ele e Ralph Fiennes são maravilhosas, os dois tiveram uma grande química e isso transparece para lá do ecrã. Grandes nomes como F. Murray Abraham, Bill Murray, Jeff Goldblum, Edward Norton, Tilda Swinton, Harvey Keitel, Tom Wilkinson entre muitos outros são todos excelentes nos seus pequenos papeis e por vezes até chegamos a ter pena de ver nomes tão talentosos terem tão pouco tempo de ecrã, mas cada um tem a sua devida importância na história.

Divertido, colorido, com diálogos excelentes e cenas hilariantes, deixando também uma importante mensagem sobre lealdade e amizade. Wes Anderson deixa agora a fasquia bastante elevada, depois deste brilhante The Grand Budapest Hotel cá ficamos há espera para ver o que é que este óptimo e único realizador irá fazer no futuro. Acho que posso dizer que este passa a ser o meu filme favorito dele, pois acho que é definitivamente o seu melhor e será também certamente um dos meus favoritos deste ano.

Vão ver, pois vale definitivamente a pena!





Classificação final: 5 em 5 estrelas.

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